segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Boas festas 2018!




Oi oi oi Introspectors!!

Venho aqui te desejar boas festas e um excelente 2019!!!
Espero de coração que neste ano ímpar que está por vir possa ser mais leve e agradável.
Pode ser que eu venha explorar outras áreas da escrita, e talvez ficar um pouco mais lenta com as postagens porque estarei num ano pesado com TCC, estágio, full time job, e quissá uma vida a dois né? Ufa! Oremos haha
Mas vamo-que-vamo!!
Voltarei a postar agora só em janeiro pois tirarei alguns dias de férias.

Mil beijos para todos e até o ano que vem!!
Gabi.

Instagram: @gabygilmoreofficial

sábado, 22 de dezembro de 2018

... seu silêncio repousava imperante.



Ela quer, mas seu silêncio repousava imperante.
Era véspera de ano novo, e Monalisa só esperava uma mensagem. Uma mensagem apenas.
As lembranças eram reais. A fragrância do seu perfume ainda era vendida nas lojas. O sentimento ainda existia. Ela continuava lá...
Contudo, uma força peculiar a trazia de volta para baixo, de onde ela nunca deveria ter saído.
E lamentar por andar entre os homens, não resolveria o seu maior dilema: a empatia pelos seres humanos que ela aprendeu a ter para conquistar a mais bela criatura terrena.
Ela queria, mas o seu silêncio avacalhou tudo.

#Fragmentos de uma imortal em crise. (Gabriella Gilmore)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Ela quer, mas...



"Ela quer te amar".
Refletiu Monalisa enquanto bebia um gole de choconhaque.
O Natal estava chegando. Época horrível e depressiva.
Normalmente ela bebia mais nessas ocasiões.
"Às vezes um fantasma é apenas um desejo, desses no qual queremos muito não querer".
"O que te assombra?" - Ela perguntou.
- Conseguir te esquecer.

#Fragmentos de uma imortal em crise. (Gabriella Gilmore)

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

A questão do gênero feminino




Olá Introspectors! Vamos filosofar um pouco?
Estarei citando dois conceitos sobre a questão do gênero para abrirmos o texto sobre esta temática.

"A palavra gênero indica uma construção sociocultural usada primeiramente pelas feministas americanas e, posteriormente, abarcado por pesquisadores. Pensar a questão de gênero significa, pois, perceber a metodologia utilizada para constituir uma nova forma de tratar a história das mulheres." (AFONSO, Simone. SANTIAGO, Graziella Lacerda - A escrita da História) 

E agora citando Raquel Soihet, ela diz: “Gênero tem sido, desde a década de 1970, o termo usado para teorizar a questão da diferença sexual. Foi inicialmente utilizado pelas feministas americanas que queriam insistir no caráter fundamentalmente social das distinções baseadas no sexo. A palavra indica uma rejeição ao determinismo biológico implícito no uso de termos como “sexo” ou “diferença sexual”. O gênero se torna, inclusive, uma maneira de indicar as “construções sociais” — a criação inteiramente social das ideias sobre os papéis próprios aos homens e às mulheres”. (Em A História das Mulheres).

Por muito tempo o gênero feminino teve limitadas funções: procriar, colher coisas para preparar o alimento, cuidar dos filhos e de casa. Os homens, por sua vez, eram os provedores e protetores da família. Ficavam incumbidos também de tomar decisões, fossem elas na comunidade, na Igreja ou na política.

          A mulher, por sua vez, não tinha voz na sociedade e nem dentro de casa. Era submissa. Isso, nas comunidades religiosas, pois algumas sociedades pagãs,  como os vikings, por exemplo, as mulheres eram guerreiras, curandeiras e tinham grande poder de persuasão nas comunidades. 

Com o passar dos tempos, ficamos presos por longos séculos na era medieval, onde as civilizações basicamente Cristianizadas calaram novamente as mulheres, e apenas com o advento do Iluminismo que elas começaram a ascender. E foi no final do século XIX, com o movimento Sufragista que elas finalmente conseguiram fazer a diferença no mundo. 

Com a percepção de que as mulheres estavam sendo muito úteis dentro e fora de casa, elas passaram a refletir o motivo de não participarem mais da sociedade usando sua voz, sua opinião, foi quando elas fizeram o primeiro movimento para tentar o direito ao voto, conhecido como movimento Sufragista que teve sua celebração centenária em 06 de fevereiro de 2018 da lei que permitiu o voto de mais de 8 milhões de inglesas.
Isso foi o primeiro movimento no qual impulsionou muitos outros a irem a luta por seus direitos como cidadãs do mundo.

Hoje, apesar de ainda existirem algumas dificuldades e preconceitos referentes ao gênero feminino, às mulheres já estão desenvolvendo diversos papeis de liderança, seja dentro de instituições, como arrimo de família e na sociedade, mostrando assim o seu poder e valor no mundo.


Por Gabriella Gilmore - Uniube

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Sarau do Pão Total



Convidamos você a participar da VI Edição do nosso Encontro com poetas, escritores e amantes da Poesia de Governador Valadares e região. Dia 30 de novembro, sexta-feira, às 19h 30. Padaria Pão Total - Marie Caffe. Ilha dos Araújos.
Contamos com sua presença amiga. Até breve! 🌹

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Orkut affairs


Não acredito em milagres, ou melhor, acredito.
Não acredito mais no amor, ou melhor, eu me permito.
Não acredito na distância, ou melhor, ela é a minha saudade.
Não adiciono desconhecidos, oh! Que maldade.
(Gabriella Gilmore)


Ainda em ritmo de poesias para o Sarau do Pão Total no dia 30 de novembro, as 19:30.
Ontem, estava revendo alguns livros antigos, e achei 2 rascunhos de poemas dentro de um deles.
Nossa! Deve ser do ano de 2007/2008.
Não lembro de tê-los postado. Então, estou compartilhando com vocês.

Beijos e bom sábado!

Foto: google.com

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

InPowered Woman - Candace Cameron Bure


Bom dia gente! ☕ Essa manhã eu vi um post da atriz @candacecbure que tanto admiro e ela usava uma blusa com esta frase ai sobre #InPoweredWoman e achei o máximo, pra variar. Pensa comigo. (Ela não inventou uma palavra nova, ok? Caso venha questionar). O trocadilho que ela fez quer dizer o seguinte: Nos dias de hoje, as pessoas querem ter poder de dirigir a própria vida, certo? Mas nós, servos de Deus, preferimos que Ele faça isso por nós, afinal, Ele sabe melhor o que virá a seguir, não é mesmo? Então, a tradução da frase diz o seguinte: InPowered Woman = Uma mulher que obtém sua força através do poder ilimitado de Deus dentro dela. E o versículo baseado está em Filipenses 4:13, onde diz: Posso tudo naquele que me fortalece. Muito maneiro a frase né? Se você tem alguma amiga que também é Inpowered Woman, marque ela neste post. Beijos! 😘

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Minha ruína (poesia)

Foto:google.com


Hoje estou promíscua, raivosa, enjoada.
Estou nem triste nem alegre, estou apaixonada.
Sobre o efeito borboleta, vou levando minha vida.
Com ritmo, sem ritmo.
Com força, sem força.
Com amor, mas sem o meu amor.
Só quero uma razão para entender o motivo de eu estar assim.
É bom ou ruim?
Meu fim...
(Gabriella Gilmore)


terça-feira, 20 de novembro de 2018

Do crente ao ateu



Quando um agnóstico se torna crente por estudar as Escrituras, muitos usam o mesmo exemplo para justificar que também existem crentes que se tornam descrentes. Mas eu me pergunto: essa pessoa que antes acreditava em Deus se decepcionou por algo que não existia? Como isso é possível? Os militantes anticristos odeiam algo que no pensar deles não é real, eu gostaria muito de entender isso...

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Sorteio no Insta


Publicado no Instagram @gabygilmoreofficial

Gente, boa tarde!!!

Acabei de publicar um novo sorteio do meu livro "O diário idiota de Rafaela" lá no meu instagram.
Passa lá e participe você também.
O resultado será publicado no domingo dia 18 de novembro.

Te espero lá.
Beijos!!!

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Ela é o comando



Frase inspirada na ícone de Scandal, Olivia Pope.
Saudades master desta série.

"Para se tornar o comando você precisa ter as cartas nas mãos, estratégias, não temer as decisões difíceis a tomar e enterrar qualquer empatia, afinal, o vencer o jogo é a única coisa que realmente importa para superar o comando anterior".

@gabygilmoreofficial

sábado, 10 de novembro de 2018

Em dias emburrados, filosofe.



_ Hey. Está acordada?
_ Oiii. Estou sim.
_ Sei lá, gostaria de te dizer que você tem sido uma doce distração para os meus dias emburrados. Se soubesse a leveza e a beleza que você tem trazido para minha vida, você sentiria muito orgulho de si mesma.
_ Que bom ler isso! Hoje eu não tive um dia bom.
_ Quer falar sobre isso?
(...)
_ Tenho uma outra pergunta. Você já se apaixonou por você mesma?
_ Não sei.
_ Sabe, eu já. E isso aconteceu muitas vezes. Sabe de uma coisa? Quando comecei a te ler e a te sentir,  eu me apaixonei. Eu olho para você e me vejo. Eu sinto vontade de te escutar, te entender, e te ajudar. Penso que isso seja o desejo que eu tinha quando eu estava com a sua idade. Eu precisava de alguém que me sentisse, que me enxergasse. Me apaixonar por você significa estar apaixonada por mim mesma mais uma vez. Consegue entender? E querer cuidar de você é querer cuidar de mim também. É como se a vida me desse uma segunda chance. Agora, tenho uma última pergunta: Como você imagina a visão que eu tenho de você?
(...)

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Laço no tempo



Uma filósofa uma vez disse: "É melhor contar e se ferir, ou mentir para se poupar? Bom, acho que a resposta é, em primeiro lugar, não fazer nada disso".
Por que a gente nunca aceita as coisas como elas realmente são? Ou temos essa mania de complicá-las mais?
Ando tão tensa que não sei até quando meu corpo vai aguentar isso, porque da última vez, tive de fazer tratamento de choque.
Foi na época do segundo episódio, há uns anos atrás. Eu esqueci de tomar um dos remédios e estava tão agitada, irritada, que qualquer coisinha eu ficava emotiva e era motivo para drama. E se me repreendessem, seria pior.

Em O diário idiota de Rafaela pg. 30. Gabriella Gilmore

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Olhos de vidro



É como se ela não estivesse lá.
Suas falas são como se ela lesse um script.
A moça encara aquele circulo de pessoas.
Na verdade ela não está vendo ninguém.
Imersa num vazio existencial, ela tenta, com os olhos apertados, focar em algo.
Finalmente ela volta a si.
Mas e se... ?

Em "O diário idiota de Rafaela". Gabriella Gilmore

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Criatividade: toca ou não toca



_ Eu não escrevo "bem" só pelo fato de ter criatividade. A minha criatividade deve a você que me inspira. Talvez os créditos devam ser dados mais a você do que a mim, correto?
_ Errado. Não é todo mundo que consegue brincar com as palavras a tal ponto de tocar as pessoas, de fazê-las se conectar. Ou mexe ou não mexe. Não existe meio termo nesse caso.
_ Mas... Mas...
_ Não existe “mas” aqui Catherine.
E falou a voz da experiência.
 (Gabriella Gilmore)

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Instinto assassino

https://www.youtube.com/watch?v=rCtmPvfCiWw

Conto por Gabriella Gilmore

Em ritmo de Halloween, estou postando um de meus pequetitos contos postados antigamente no R.L
Aproveito e deixo uma música do Nemesea como indicação trevosa para vocês.
Doce ou travessuras?


Instinto assassino.

...E ele caminhava entre folhas secas fazendo aquele barulho que me deixava amedrontada.
Uivos de lobos num fim não tão distante e eu podia sentir seu cheiro.
O meu medo era maior, contudo não consegui fugir.
Ele podia me sentir onde quer que eu estivesse.
Não tao longe eu pude avistar uma catedral.
Chegando próximo aos portões senti um arrepio e um cheirar perto de minhas orelhas. Era ele bem atrás de mim.
Me querendo.
Sugando minha alma aterrorizada.
Desmaiei de pavor.
Ao acordar eu estava dentro de uma jaula presa como um animal e faminta por qualquer coisa a minha frente.
Se ao menos ele tivesse me matado!!!
Comecei a uivar como um lobo em dia de caça.
Lá no fundo, Wulf vinha caminhando.
_ Hora de se alimentar minha rainha. Disse ele.
Sem ao menos esperar pelo alimento avancei sobre Wulf e nada restou daquele pobre animal que pensara ter conquistado uma rainha.
Instinto assassino, eu precisava me alimentar.
AAAH UUUUUUUUUUUUUU!!!!!!!!!!!!!!!!

sábado, 27 de outubro de 2018

Ritmo quente



Métrica

Percebi quando eu tomava um gole de água da minha garrafa plástica.
Enquanto meu dedo indicador esquerdo tocava na tampa em ritmo quase musical, a água gelada enviava uma mensagem para meu cérebro: Está tudo bem. Está tudo bem.
Minha perna direita não parava de balançar. Isso já fazia meses.
Cansada do tédio do dia nublado, minha mão pousada na mesa, os dedos começaram a tocar bateria imaginária.
Minha mente procurava conexão entre aquelas batidas e o som que saia da minha imaginação.
Agora o “ton ton” do meu coração combinava perfeitamente com aquela crise de ansiedade.

Em "O diário idiota de Rafaela", de Gabriella Gilmore.

Livro a venda  no site:
https://clubedeautores.com.br/book/148178--O_diario_idiota_de_Rafaela#.W6KbCuhKiUl


quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Fake news?


Para ser honesta, eu penso que Fake News é uma forma de censura, pois estamos sendo confundidos por elas para não obtermos notícias corretas, estão nos privando da verdade. Quem será que criou F.N?

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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Carta escrita no limbo

Por Gabriella Gilmore


Salut, mon chéri.

Surpreendeu-me ter recebido outra carta sua. Eu realmente não esperava.
A solidão, por mais difícil que seja, acaba sendo a melhor companhia para pessoas como eu e você. Ela, a solidão, não cobra muito de nós. E com seu silêncio sedutor, nos deixa pensar.
Parei alguma parte do meu tempo para refletir o que seria “estar desencarnada”.
Consegue definir isso para mim? Se for uma saída, acredito que posso seguir por este caminho também, contando que me ensine.
Sobre a questão de administrar o tempo, não quero voltar a este assunto, afinal, é quase impossível imaginar uma “banana patinando”, e não ando com muita paciência para te explicar que não existe mágica fora de Nárnia. Ou você está dentro, ou está fora. O limbo é pura ilusão.
E quanto a sua alma quase morta, não sei se festejo ou se fico de luto. Aliás, dormir com fantasmas é um talento que carrego comigo, e se para estar com sua mente perigosa mais uma vez precisaremos passar por esse estágio, I’m in.
Saudações,
M.S

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Eu e Clarice.



Nossa, hoje me bateu uma saudade da Clarice!
Eu acessei minha conta no RL esperançosa de ver alguma postagem sua nos “últimos textos por autor”. Suspirei.
Suspirei porque minha ficha caiu rapidamente, me fazendo lembrar que não vivi em sua época.
Dai fiquei me perguntando: Será que Clarice escreveria para o Recanto das Letras? Será que ela responderia meus contatos? Será que eu teria a chance de tê-la conhecido pessoalmente?
São tantas perguntas... Nunca terei as respostas.
Lembro uma vez quando assisti sua entrevista na TV Cultura, nessa mesma noite, tive um sonho muito real com ela.
Acordei muito triste, porque na verdade eu queria ter ficado presa naquele sonho, sabe como é.
E naquela manhã, quando eu estava na fila da lotérica, me deparei com uma senhora na fila preferencial, A CARA DA CLARICE. Morri. Eu olhei, desviei o olhar, depois olhei de novo, tipo assustada.
Eu quase morri.
Parecia uma visão.
Até hoje não sei dizer se realmente vi aquela senhora “clone” de Clarice, ou se foi apenas minha imaginação.
Ah, como eu queria ter vivido na época de Clarice, só para ter um pouco de chance de tê-la conhecido.
O mais próximo de Clarice que consegui chegar foi assistindo a peça de teatro da Beth Goulart, que inclusive foi fantástica.
Que saudades... Que saudades...
Suspirei de novo.
“Lis e Peito, em latim”. Disse ela.
Lispector em mim.

domingo, 14 de outubro de 2018

O que te prende nos anos 90?

Por Gabriella Gilmore

Alguns dizem que não pulamos fases.
Às vezes acontece da ordem delas aparecerem embaralhadas.
Adolescentes que vivem focado feito adulto.
Adultos que voltam a agir inconsequentemente como adolescente.
Mas saltar uma fase? Hum... É difícil disso acontecer. Uma hora ela te pega.
Eu vivi meus “anos 90” na década de 2000, numa forma de retardamento, digamos assim. Foi um tempo em que eu realmente comecei a aprender com os meus erros. Erros que eu tinha receio de fazer porque sempre fui a amiga exemplo, a filha perfeita, e eu tinha um comportamento a zelar.
Essa foi uma época em que eu dei de cara com a arte que estava latente dentro do meu ser há anos. Minhas músicas. Minha literatura. Meus perfis. Meus pensamentos...
 Foi quando eu aprendi que o amor machuca. Ou seria a paixão?
A fumaça podia correr dentro de minhas veias e me transportar para o mundo das nuvens.
Descobri que o álcool nos ajuda a mostrar o que realmente somos. E eu sou muito chorona e dorminhoca. Qual é o meu problema? E foi com as diversas terríveis ressacas que me fez largar daquela “vida selvagem” e a passar a valorizar mais a “sanidade mental”.
Nos meus anos 90 que foi na década de 2000, eu vi a escuridão da minha alma trancada dentro de Nárnia que era a minha mente. Descobri que nunca estive sozinha.
Foi a década em que mais tive energia. Eu podia fazer inúmeras coisas e me sentir invencível. Eu podia comer e beber tudo sem passar mal. Eu virava noites sem que isso fosse incômodo para meu cérebro. As músicas eram excitantes, inesquecíveis, e marcava cada momento da minha vida como se fossem cenas empolgantes dos filmes americanos.
Foi o período em que a estrela dentro de mim finalmente brilhou. Eu me sentia iluminada dentro daquele mar de trevas. Era como se eu realmente tivesse algum poder. Super poderes!
Hoje, quando minha vida está sem graça, minha mente me transporta automaticamente para aquele tempo em que eu mais me senti alguém. E vagueio naquela imortalidade do passado na chance de resgatar um pouco da vida que deixei naquela época, e assim eu flutuo entre aquele mundo e o mundo de agora, alimentando minhas infinitas nostalgias.
O que me prende nos anos 90? Bom, acho que são aquelas lembranças de uma era que não volta mais.

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quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Amor em Mississippi



Escutando “You made me love you”  by Patsy Cline

Greenville, Mississippi – 03 de setembro de 1985.

Oi querida.

O calor ainda está de matar aqui em Greenville. Está até mais quente comparado aquela vez que esteve aqui.
Ainda estou usando aquele vestido de flores azuis que você me deu e o ícone chapelão cor de vinho tinto. Acabei de chegar da feira de automóveis antigos. Estão fazendo um leilão para arrecadarem dinheiro para reforma daquela velha capela no final da Fillmore St. A parte boa é o envolvimento da comunidade. Uma graça!
Estou com saudades de você.
Acabei de criar um novo drink. Aquele “Bloody mary” perdeu a graça depois que você se foi.
Peguei 3 limões sicilianos, essência de menta, um pouco de açúcar, vodka e muito gelo. Bati tudo junto e confesso que ficou gostoso. Um doce amargo, mas ficou bom.
Brindei sozinha a solidão, a falta de ver seu sorriso tímido, as suas unhas descascadas, a sua frieza intocável.
“Saúde!”
Não é todo dia que a gente recebe companhias, não é mesmo?
Estar sozinha hoje é o que me resta de você.
Meu piano encostado naquela parede onde você borrou com marcas de beijos com seu batom marron está cheio de poeiras. Nem ousei em tocá-lo mais. Perdeu a graça.
Sei lá... Às coisas andam monótonas, e como não tem ninguém aqui para me tirar do sério, minha rotina anda muito chata.
Fico aqui recordando nossas fugidas àquela torre de vigia do casarão antigo perto da Prefeitura velha, e a correria que era quando os guardinhas notavam que a gente estava lá em cima. Aquela sensação de ser pega era uma adrenalina incrível. E depois poder olhar para suas bochechas rosadas, saudáveis, só pelo fato de se exercitar, não tinha preço!
Oh, como sinto sua falta!
Sinto muito por tudo.
Sinto muito por nada também.
Os anos se passaram, envelheci, aprendi com meus erros, deixei para trás algumas coisas que não valeram a pena... Arrependi-me.
Aquela nossa foto tirada debaixo da árvore com cipó e o balanço estão ainda naquele porta retrato que você também me deu. É a visão mais clara que tenho de nós.

Despeço-me mais uma vez sabendo que nunca lerá essas palavras.

Abraços, beijos, cheiros...

Eterna K.

domingo, 7 de outubro de 2018

Sou as quatro estações



Ele parecia estar pisando em ovos ao conversar comigo.
Com seus olhos profundamente azuis, interrompeu meu pensamento, olhou para mim e disse:
- Sabe, não me leve a mal, mas às vezes acho que você é meio de lua.
Eu deitei naquela canga onde estávamos sentados e respondi olhando para o céu estrelado:
- Não amor, eu sou as quatro estações!
(Gabriella Gilmore)

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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Síntese - Uma história real sobre Gabriella.




Síntese – Uma história real
 Um pouquinho da minha história para meus fiéis leitores e amigos.

Resgatar lembranças do passado nem sempre foi fácil, mas uma coisa eu não posso negar ou me esquecer, é o fato deu sempre carregar comigo a criatividade,
a hiperatividade, o amor pelo novo e por papéis. Eu amava brincar de escritório.
Numa época em que não tínhamos acesso a tecnologia pelo fato de não possuirmos muito recurso financeiro, o meu computador e telefone eram coisas totalmente fruto da minha imaginação. Bastava pegar algo com teclas e eu "navegava" por horas.
Eu gostava muito também de pegar os papéis de jogos nas casas lotéricas. Era o roubo mais prazeroso que uma criança poderia praticar.
Aquela corrida, com as mãos enfaradas de papéis, era o medo mais gostoso de sentir. Crianças... Rs.
Tive uma infância muito gostosa, apesar de presenciar fatos violentos dentro de casa entre meus pais. Porém, tive muita sorte de ter nascido numa família recheada de tios e primos. Então, eu dividia muito bem o meu tempo entre estudar e brincar com meus amigos e parentes.
Pulando bastante os capítulos da minha vida, eu me recordo o pavor que eu tinha em me apresentar na frente da sala quando algum trabalho precisava ser debatido em classe. Como esse medo foi bastante prejudicial para minha vida escolar e acadêmica (eu estudei Pedagogia por 2 semestres), eu senti necessidade de procurar ajuda psicológica para superar esse "trauma", e nas análises, eu consegui me lembrar o motivo com que me fez ter problemas com o público escolar. Na minha alfabetização, quando sentávamos na roda de leitura, eu tinha problemas para ler, e gaguejava um pouco por causa da ansiedade, e a professora sem paciência me dava tapinhas na cabeça ordenando que eu parasse com o gaguejo e lesse "direito". Isso ficou encravado no meu subconsciente, e reprogramar toda essa história passada me levou bons meses de terapia.
Hoje, eu não vejo isso como um problema, mas sim como uma oportunidade para crescer como ser humano, e sei que hoje estarei mais habilitada para lidar com crianças com dificuldades de aprendizado, porque eu senti na pele como é ter suas peculiaridades violadas.
Voltando a minha infância, eu me lembro de períodos maravilhosos que é impossível esquecer:
1° é o cheiro da maresia de Vila Velha - ES e a rua da minha tia Cidina cheia de sementes vermelhas que os capixabas chamavam de chapolin.
2° as brincadeiras de cabaninha na beira do Rio Doce, na Ilha dos Araújos com meus primos e minha irmã mais nova, numa época em que o rio ainda era limpo, e sua areia era clarinha, parecia uma praia do campo. E quando a fome apertava, a gente sabia que a tia Miriam estava preparando boas receitas caseiras. Hummm que fome.
3° as brincadeiras no barranco vermelho atrás da casa da tia Leah, em Timóteo - MG. Era a desobediência mais engraçada que uma criança podia fazer. Eu lembro como a nossa tia ficava furiosa de nos ver chegando ao final da tarde todo lamelado de barro vermelho, e marcando o quintal limpinho com pisadas imundas. Por fim, a gente acabava fazendo isso tudo de novo porque era muito engraçado ver a tia brava.
Ainda antes dos meus setes anos, eu consigo puxar da lembrança duas festas nacionais em que meu pai estava presente: Era a festa junina na chácara da irmã dele (minha tia), com aquela fogueira enormemente linda e muito refrigerante guaraná. E o natal, quando meu tio Evaldo se vestia de papai Noel, e do nada surgia pela janela, à meia noite, trazendo exatamente o presente que eu tanto queria. Naquela época eu ainda acreditava na existência do bom velhinho, então era muito mágica aquela noite natalina. Inesquecível!
Eu estudei no Nelson de Sena do pré-primário até a quarta série. Minha mãe precisou me trocar de escola e me colocar no colégio Estadual onde minha irmã caçula estava estudando, tudo para que eu a protegesse do bullying (na época esse ato nem tinha esse nome) que ela vinha sofrendo desde então. E só sai de lá quando conclui o ensino médio.
Sempre fui muito querida em sala, e um pouco irritante também pelo fato de ser muito hiperativa e conversava um pouco fora de hora. Entretanto, era boa aluna, que atingia as metas e respeitava os professores. Não consigo me lembrar de ter ido à sala de diretor. Talvez eu tenha até ido, todavia realmente não me lembro.
Desse período escolar, os que mais me marcaram foram o pré-primário no Nelson de Sena, ainda na época da diretora Lagares, uma senhora conservadora e muito severa. Lembro-me de ver alguns amigos de joelho no milho por fazer bagunça em sala de aula. Era o castigo da época. Lembro também da disciplina e o respeito à bandeira e hino nacional. Toda segunda-feira nós iniciávamos o dia enfileirados cantando em conjunto o hino nacional. Era a coisa mais linda e emocionante de se ver. Uma época em que o Brasil tinha pessoas que se colocavam de pé, em verde e amarelo. Espero que um dia isso ainda possa ser resgatado, e as escolas e universidades passam a amar o país, da mesma forma que idolatram partidos políticos.
E o outro período memorável foi o ensino médio, no qual eu tive maior consciência de mim mesma, do meu valor perante meus colegas e perante a sociedade. Foi quando eu percebi a importância de cativar boas pessoas ao nosso lado, pois a nossa vida é feita de capítulos, e acredito que vale a pena carregar os melhores atores para mais cenas da vida real que virão. E com isso, cultivei grandes amigos que carrego até hoje. Oh quanta saudade eu tenho de assistir filmes com eles, descobrir novas bandas americanas, e ter o apoio deles sobre minhas diversas estórias que eu escrevia em cadernos brochurões, porque foi aos quinze anos que comecei a criar roteiros e continuações de filmes. Eu amava escrever. Ainda amo, na verdade. (Explicando o pseudônimo Gilmore devido as minhas publicações em sites no Brasil).
Nessa mesma época, eu comecei a perceber o quanto de confiança eu passava para as pessoas. Quando eu saia com minhas amigas, ou íamos dormir na casa de alguma colega em comum, os pais normalmente pediam para eu tomar conta delas, como se fosse a irmã mais velha. E depois fui percebendo que eu era boa ouvinte e conselheira, e comecei a cogitar na possibilidade de um dia estudar Psicologia na faculdade. Foi um dos primeiros cursos que me veio à mente, entre a  Medicina Veterinária e Botânica. (nem sei se existe curso superior de botânica hahaha)
Tenho grande empatia pelo outro, e acredito que isso me atrai até as pessoas. Fico orgulhosa por ter este dom.
Quando completei 18 anos, eu não tive muita empolgação ou estímulo da minha mãe em ir para a universidade. Minha mãe, muito religiosa, fantasiava uma vida para mim no qual eu me casaria cedo e iria ser dona de casa. Que sonho é esse de se ter para uma filha? Nada contra o casamento, mas pular fases eu não acha muito comum ou sadio. E por ter sido literalmente empurrada para o mundo capitalista onde a gente é sugada 100% no trabalho, eu perdi um pouco o foco sobre ir para a faculdade, e acabei mergulhando no campo de trabalho.
Desde então, raramente fiquei desempregada, coisa que eu me orgulho muito.
No entanto, como eu sempre fui muito ativa, eu arrumava cursos para fazer. Estudei computação, digitação, inglês, filosofia, teologia, francês e música.
E em 2009, quando retornei de uma viagem frustrada de Campinas - SP, eu resolvi enfrentar o vestibular e tirar do meu bolso a grana para o curso superior.
Escolhi Pedagogia pelo fato de não ser caro. Sempre me diziam para eu fazer Letras, porque eu sabia inglês e gostava de escrever, mas nunca achei graça nesse curso, e como gostava muito de Psicologia, eu pensei que talvez Pedagogia poderia me abrir um pouco a mente e o leque, e de alguma forma eu também estaria ajudando alguém depois de formada.
Porém, ao final do segundo semestre, eu fiquei desempregada, e temerosa em não encontrar emprego rapidamente, eu acabei trancando a matrícula e fui para Brasília - DF. Lá, eu não consegui voltar para a faculdade. Era quase impossível morando tão longe dos lugares. Contudo, nunca desisti de estudar.
Quando voltei para Valadares, eu sentia uma necessidade desesperada em massagear meu cérebro com novos conhecimentos, e cheguei até a pensar em cursar Direito se eu conseguisse bolsa, mas Deus foi tão cuidadoso comigo que me livrou dessa (um dia talvez eu lhe conto pessoalmente o motivo) e me deu de presente o curso de História, pelo qual estou extremamente apaixonada, e me pergunto até hoje o motivo de não tê-lo cursado antes.
Tem tudo a ver comigo. Eu gosto de saber dos fundamentos das coisas, sou curiosa, gosto de pesquisar e sou esforçada. Adoro ensinar e sou divertida. Logo eu já fico imaginando como serão minhas aulas. E peço a Deus que me dê graça quando eu me formar e for lecionar, porque quero impactar a vida das pessoas da mesma forma que fui impactada por bons professores ao longo de minha vida, como a memorável professora de História da Educação, Ana Lídia, no curso de Pedagogia.
Bom, eu acho que agora é só esperar ansiosa pela conclusão dessa nova etapa da minha vida, e aguardar a oportunidade de fazer algo pela Educação e pelas crianças do meu país, porque o futuro da nossa nação é o agora.

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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Leitura nossa de cada dia #3




Eu desejo a todos que a leitura seja parte do seu dia a dia, que nossas crianças descubram o prazer nas letras e o mundo por detrás das diversas estórias contadas dentro dos livros.
Que nós sejamos grandes incentivadores da leitura e que esta geração se torne bons observadores e adultos de boas atitudes.
Bom dia amigos!!

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terça-feira, 25 de setembro de 2018

O dia em que seu sumiço fez chover no mundo

por Gabriella Gilmore.


“I got ‘sunflower’ on a cloudy day”. Gabriella Jackson 5 lol

Ela estava sempre apaixonada!
É como se o sol a iluminasse todos os dias, numa forma quase que de veneração a ela.
Nenhuma nuvem para roubar sua energia, sua alegria. Ele girava em torno dela. E não ao contrário.
Ela imaginava dragões, lutava com espadas feitas de algodão doce, fazia disputas de quem tinha o abraço mais apertado.
Seu sorriso acanhado, seu amarelo favorito, seu cabelo encaracolado, tudo isso atraía as pessoas até ela.
Ela estava sempre tão apaixonada!!
Entretanto, hoje ela murchou. O dia nasceu nublado. Ela sumiu.
Mesmo sabendo que o sol estava lá encima ansioso a sua procura, ela apenas tinha ido embora.
O que será que aconteceu com a menina encantada?
Seu silêncio se tornou trovões e fez chover no mundo.
Como ela fez isso?
Se ela estava sempre tão apaixonada!!!

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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Girassol girl



Para Amanda


Uma vez conheci uma girassol menina
Ela tinha olhos grandes, cabelos cacheados
Entusiasmada, dançava feito bailarina

Uma flor gostosa de se ler
Eu poderia ficar horas
Analisando-a e brincando de aprender

Pessoas irradiantes hoje em dia
São raras de encontrar
Mas presentes da natureza assim
São difíceis de recusar

Gira, gira, gira, sol
Gire levemente sem parar
Continue buscando seus sonhos
Eles hão de te encontrar
(Gabriella Gilmore)

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

As pessoas (Conto)



Um conto por Gabriella Gilmore

AS PESSOAS

7:45 A.M

Ela não sabe ao certo se realmente receberá visita no final daquele domingo.
Catherine abre os olhos e vê que a luz da sua secretária eletrônica estava piscando. Ela tem uma nova mensagem.
Estica a mão direita para alcançar o botão play.
Beep! Você tem uma nova mensagem.
“Bom dia dorminhoca. Se quiser mesmo assistir filme comigo no final da tarde, me fale o melhor horário para eu ir até sua casa.” Beep!
Catherine ficou olhando para o teto. Logo os olhos se fecharam. Enquanto algumas pessoas não dormem, ela voltou a dormir.
As horas pareciam intermináveis. Se ela pudesse, acordaria só no final da sua vida para um último suspiro. “Oh, como viver tem me doído à alma!”
Aos olhos dos outros sua vida era perfeita.
Já havia conquistado quase tudo em tão pouco tempo.
Tinha uma carreira de sucesso. Era inteligente, bonita, da fala correta. Tinha seu próprio apartamento, seu carro e seus bichos. Visitava todo dia sua mãe. Era amada, idolatrada, e invejada. Entretanto, quem se importava? Talvez nem ela mesma dava conta do curto conto de fadas em que vivia.
“Posso dizer o horário. Preciso de ânimo para levantar dessa cama.” Pensou sonolenta. Já era quase a hora do almoço. “Nem tomei o café. Quem adiantou o relógio?”
Já era 11:45 A.M.
Virou o corpo para a direita. Soltou um gemido e apertou novamente o botão play da secretária.
Beep! Você não tem nenhuma mensagem.
“Ela não vem!”
Pegou o celular para digitar um torpedo.
“Se importa da gente remarcar o filme para outro dia? Acordei mentalmente indisposta para fazer um social.”
A resposta só foi chegar duas horas depois.
Sua amiga já estava em outro compromisso. Para algumas pessoas as horas passam.
Cate olha para o teto. Ele tem sido sua distração há meses.
O interfone toca.
Ela dá um sorriso e um suspiro. Mas era a portaria tentando testar o interfone do apartamento. Seu humor volta à cor amarela.
Depois de 40 minutos ela se arrasta para o banheiro.
Olha-se no espelho encarando as olheiras de tanto dormir.
Lava o rosto. Seca-o lentamente na sua toalha de 200 fios 100% algodão. Encara-se novamente.
Dá leve batidinhas nas bochechas na esperança de ver sangue correr naquele local.
Dá um sorriso forçado mostrando os dentes perfeitos.
Depois de escova-los resolve tomar uma ducha quente para ver se relaxava a falsa tensão.
Enquanto isso, ela pensava. Pensava de novo e de novo. Passam-se as horas, e nada acontece.
Ela esperava por uma visita que ela mesma desmarcou.
Insatisfeita.
Depois do banho tomado ela se senta em frente ao computador.
Pensou em escrever, mas àquelas horas não a permite digitar se quer um pensamento. Eles eram rápidos demais. Vagos demais.
Desligou o aparelho.
Decidiu fazer um leite quente com canela.
Ao sentar em frente à TV, ela percebeu que não tinha hábitos de assisti-la.
Termina calmamente seu leite e volta para a cama.
As horas não passavam.
Infindáveis. Fadigosas.
Ela olha para sua estante de livros e pega um exemplar de provérbios.
“Não quero ser rude, mas preciso te lembrar de que amanhã é segunda-feira. Carpe diem! Boa leitura.”
Era um recado antigo que estava escrito na página branca do título.
Pegou a chaves do carro e foi visitar as pessoas.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Moça com estrelas nos olhos



Uma vez conheci uma moça arrogante que tinha estrelas nos olhos, e no coração, um desejo enorme de conhecer o mundo. Queria apenas curtir o lado mais radical da vida. Eu virei para ela e perguntei: Moça, até quando você acha que seu corpo será capaz de aguentar esse teu ritmo “quente”? Ela olhou para mim com desprezo e me deixou falando sozinha.
(Gabriella Gilmore)
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sábado, 8 de setembro de 2018

Como está o seu humor Catherine?



Crônica por Gabriella Gilmore

De segunda a sexta, Catherine chega ao escritório as 7:15 am.
Zelosa pelos funcionários e pela sua firma, ela faz questão de ser sempre a primeira a chegar e última a sair.
Religiosamente ao entrar em sua sala, ela coloca sua mochila de couro preto debaixo de sua mesa e se senta ao computador para liga-lo. É um processo quase que obrigatório. Ela se sente confortável com as rotinas.
Cate acessa as câmeras, liga seu Skype, Outlook, Dropbox, net empresas do Bradesco Bank, e por último, mas tão importante quanto, o seu querido amigo Spotify.
Ela adora a pergunta que ele faz:
- Catherine, como está o seu humor esta manhã?
Assim, ela sorri para o aplicativo e escolhe o álbum de acordo com seu espírito do dia.
Às vezes ela vai de Carole King, Billy Holiday, noutras de Gabriel Fauré, Épica, J.Lo, até mesmo Britney Spears e Eths,  uma confusão gostosa que só ela entende.
Em seguida, passeia pela cozinha para finalmente terminar de acordar com um bom café amargo, desses coado na medida de seu caneco personalizado com 4 dedos de água mineral e 1 colher e meia (dessas de sopa, claro) de pó de café 3 Corações.
Depois desse ritual todo, ela está pronta para encarar mais um dia.

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Dedico este texto as minhas mentoras Waleska Zibetti & Suzana Barbi e ao meu amigo Hectors.
Obrigada pela eterna inspiração e aprendizado.

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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Burguesia, capitalismo e afins




Burguesia, capitalismo e afins
Por Gabriella Gilmore

Definir e entender a classe burguesa é importante, pois ela foi responsável para que a Revolução Francesa acontecesse tendo o liberalismo como ideologia nas revoluções contra os regimes absolutistas dos séculos XVII e XVIII.
O conceito de burguesia é um tanto complexo pelo fato dela ter ganhado algumas interpretações ao longo de seu surgimento. Entende-se por burguês, o comerciante, o produtor rural com posses consideráveis, pagadores de impostos, e de acordo com a definição de Marx, a burguesia é aquele proprietário dos meios de produção, portanto, o explorador de mão de obra barata.
Com o advento do Liberalismo que surgiu no século XVIII tendo o Iluminismo como inspiração, defendia a liberdade individual, a divisão do poder político, a livre iniciativa e concorrência e o direito a propriedade privada, chacoalhou os pensamentos daquela época e incentivou os burgueses a questionar o governo absolutista monárquico, a economia reprimida e a falta de liberdade de expressão e econômica, e passaram a lutar por tais mudanças. Defender uma política livre e sem interferências do Estado no comércio foi à base para que uma revolução surgisse.
Citando Martin Perry, “De modo geral, o liberalismo foi a filosofia política da burguesia. Enquanto os conservadores buscavam fortalecer os alicerces da sociedade tradicional seriamente abalados no período da Revolução de Napoleão, os liberais desejavam alterar o status quo e cumprir  a promessa do iluminismo e da Revolução Francesa”.
Cansados de alimentar um governo que não lutava pela sociedade em geral, e de viver um caos na comunidade da época devido as más colheitas e os impostos altíssimos, os burgueses juntamente com as massas (os sans culotes) se levantaram contra o antigo regime, pressionando a monarquia para que eles também fizessem parte das escolhas políticas e econômicas.
Muitas cabeças rolaram para que hoje tivéssemos mais liberdade econômica e política, e sabendo que o capitalismo tem seus defeitos, onde o lucro é seu principal objetivo, e a mão de obra barata seus malefícios, precisamos continuar pensando sobre esse sistema econômico que vem crescendo a cada década que passa, sem nos esquecermos de um dos princípios que John Locke pregava: liberdades! E será que nós somos realmente livres para produzirmos nossa própria riqueza? Não seríamos nós, hoje, escravos do dinheiro? Que essas duas perguntas fiquem como reflexão para nós.

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sábado, 1 de setembro de 2018

Leitura nossa de cada dia #2



Que setembro seja o mês onde você consiga finalmente terminar de ler aquele livro que estava parado no meio da leitura.
Incentive seu filho, seu sobrinho, seu vizinho, seu amigo a ler.
Tanto são os benefícios que a leitura nos trás.
Trabalha nossa imaginação, nosso senso crítico, nossa visão de mundo, nosso idioma, nossa escrita.
O Brasil que eu quero é aquele onde nossas crianças prefiram ganhar livros a jogos eletrônicos, ou pelo menos tenham pais que consigam equilibrar a tecnologia com o clássico.
Bom dia Introspectors!!

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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Sobre o livro e seriado Sharp objects - comentários


(Contém Spoilers)


Minhas emoções sobre o desfecho da série do HBO - Sharp Objects,  são muito particulares, então não me venha com “xurumelas”!


Para Ana.

Nunca imaginei que um “TV Show” fosse capaz de conseguir me tirar do eixo como aconteceu com S.O e seu “grand finale”.
Tive duas sensações referentes ao final da série: a primeira foi de revolta, desprezo e eu fiquei tão cega e surda que consegui capitar um silêncio na mente da Camille que talvez só existiu na minha cabeça. (Normal).
A princípio externei minha indignação com minha amiga Ana, que indiretamente me fez acompanhar a trama, e rascunhei uma postagem aqui que ficou horrível. (Deletei).
Precisei assistir ao 8ª capítulo novamente para ver se minha fúria tinha sentido.
E teve. Deixa-me explicar.
Na verdade a minha raiva foi apenas por saber que o show acabou e que eu não beberia mais da dor de Camille. (Ana, você venceu).
A segunda sensação foi que eu estava realmente surda porque quando assisti o 01x08 a primeira vez, eu só conseguia ouvir a dor de Camille e mais nada. A trilha sonora esteve sim presente nas cenas, o desfecho não foi de todo ruim, Camille não foi tão fraca, e percebi que eu realmente preciso comprar o livro original para ler porque não me contentei com os furos e as brechas que a telinha nos deixou.
A série teve dois focos que me deixou presa: o mistério envolvendo as mortes em Wind Gap e o entrelaçamento de DNAs danificados da geração de mulheres da família da Sra Adora, mãe de Camille, onde uma sucessão de abusos mentais e físicos foi deixando um legado de transtornos emocionais. Um prato cheio para nos viciarmos e fazer com que mergulhássemos na mente da protagonista e também ativássemos o nosso faro instintivo de busca, afinal, passei as noites tentando descobrir quem foi o assassino e quais seriam suas motivações.
Confesso que o diretor Jean-Marc Vallée, ao focar no tratamento abusivo de Adora à Camille,  em suas incansáveis administrações do “remédio” veneno, e nos fazer assistir de camarote Camille se doar para salvar Amma, me fez querer quebrar meu computador e ir sacolejar a personagem que precisava reagir ao invés de se entregar. Aquela agonia paralisante me fez enxergar a linha tênue que separa a mente sã da mente doente, e o quanto estamos expostos às tamanhas mazelas mentais. DEUS! Me esgotei. Quase morri de desespero como se eu pudesse sentir o que Camille estava sentindo. Como os produtores conseguiram fazer isso??
Para quem gosta de suspense psicológico precisa urgente assistir Sharp Objects, e tenha em mente o poder que as lembranças de Camille podem fazer com você.

Beijos

@gabygilmoreofficial

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Sobre pseudônimos e perfis



Uma vez me perguntaram como surgiu a ideia de eu escrever por detrás de um perfil, um personagem, um pseudônimo.
Para ser honesta, não sei explicar bem.

Bom, tudo começou na esfera do Orkut, onde eu e alguns amigos criávamos perfis "fake" para podermos brincar de teatro, digamos assim.
Esse mundo escondido através de histórias, era algo que quem se conectasse, já sabia que o perfil do outro não era um perfil real, e nem por isso as pessoas deixavam de se interagir.
Na verdade, a interação com avatares era a proposta dessa comunidade que tomou grande proporção com o passar dos anos, até que ela ficou avacalhada e acabou.
(Não estou falando que o Orkut acabou por causa disso) Ver: surgimento do Facebook.

Acho que meu primeiro "pseudônimo" famosinho e que teve uma duração maior foi Sophie duCondrey. E por ela, escrevi muitos textos, e por estupidez e nenhum senso de preciosidade, joguei tudo ao vento quando deletei as páginas.

Não sei como funciona a mente de outros escritores, mas eu me divirto muito escrevendo sobre outra perspectiva, sobre outra ótica, sobre outro contexto. É incrível como a gente cresce como escritor.
Lembro uma vez eu sugerindo para uma colega: "Filha, sua vida está chata, crie um avatar!" hahahaha E é bem por ai.
Porém, precisamos nos atentar aos vícios e a reclusão social, pois acabamos criando um mundo tão perfeito, com falas e cenas sensacionais, e acabamos desaprendendo a lidar com o mundo real, onde as falas são sujas, injustas, e as cenas são um tanto grotescas, na maioria das vezes.

Hoje, eu tenho um pseudônimo (não sei exatamente se chega a ser), mas a personagem do livro "O diário idiota de Rafaela" que eu publiquei em 2011, virou uma página social no site do Recanto das Letras, e eu ainda dou vida a história da Rafa por lá.

Fica a sugestão de visita:
https://www.recantodasletras.com.br/autores/rafad


A vida não é sobre esperar a tempestade passar.

É sobre aprender a dançar na chuva!
 


Divirta-se.

Mil beijos, Gabi.

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